quinta-feira, 4 de outubro de 2012

"UMA VIAGEM À ÍNDIA" em FRANÇA

GONÇALO M. TAVARES ACLAMADO EM FRANÇA
http://bisleya.blogs.sapo.pt/279567.html 
Acabado de publicar em França (Éditions Viviane Hamy), o livro Uma Viagem à Índia (editado em Portugal pela Caminho),de Gonçalo M. Tavares está a receber da imprensa francesa um acolhimento entusiástico.
O Le Monde des Livres, que define Gonçalo M. Tavares como “prodígio da literatura portuguesa nascido em 1970”, afirma que este livro é “a grande epopeia dos nossos tempos” e “se impõe como uma das obras mais marcantes da literatura europeia recente”, um romance que relata “peripécias rocambolescas com o mesmo ritmo dos primeiros álbuns de Tintim e cujo conteúdo intelectual é tão denso como as Investigações Filosóficas de Ludwig Wittgenstein”.
Por sua vez, o jornal La Croix, depois de analisar em detalhe aquilo o que chama as “fulgurâncias” de Gonçalo M. Tavares – “a língua, os livros, o avanço e o refluxo do religioso, o ar, a água, os vegetais, as técnicas avançadas, as diferentes temporalidades, o desejo ou os instintos predadores” – conclui: “Gonçalo M. Tavares, pela graça da literatura, afirma o seu veto ao asselvajamento do mundo. Compôs, ordenadas em dez cantos prodigiosos mil cento e duas estrofes para conjurar a catástrofe”.
Para o Magazine LittéraireUma Viagem à Índia “é um grande livro. Sem dúvida, o mais ambicioso projecto da rentreé literária, tão rigorosamente insensato como perfeitamente realizado. O género de livro que se guarda mal terminada a leitura para nela mergulhar de novo com um prazer sensual ininterrupto.”
Também o Le Figaro Littéraire dá um grande destaque ao livro, afirmando que “esta Melancolia Contemporânea” é uma tragédia do homem só confrontado com o absurdo na grande cidade anónima”. E conclui: “Era preciso uma grande audácia ao escritor para se propor, de maneira pública e frontal, realizar uma obra-prima. Mas Tavares não tem apenas audácia. Com a sua mão segura, maneja firmemente o cinzel do artista.”
Para a revista LireUma Viagem à Índia,“misturando poesia, filosofia, harmonia, é um daqueles livros que nos deixa, ao terminar a leitura, cheios de uma felicidade que não sentíamos ao entrar nele”.
E para a Livres-Hebdo, trata-se de um “romance em fragmentos, em dez cantos e 1102 estrofes como o seu ilustre modelo” e que “com a sua tessitura e ritmo próprios este livro não se parece a ninguém senão ao grande Tavares”. O livro “desenvolve-se em versos que verdadeiramente o não são, em aforismos profundos e leves, em verdades tão definitivas como relativas”.
A forte instituição dos livreiros de França entusiasmou-se também com Uma Viagem à Índia. Na Librairie Mollat escreve-se que “Gonçalo M. Tavares é um génio, não é de mais insistir” e o livro Uma Viagem à Índia é “uma pedra fundamental no edifício da literatura mundial”, e na Librairie Traverse salienta-se que este livro leva Gonçalo M. Tavares ao panteão “do grandiosos escritores”.
Finalmente, o reputado crítico Pierre Assouline, membro do júri do Prémio Goncourt, interrogado por Olivier Claudon do semanário DNA, afirmou: “Mas o livro que mais me fascinou nesta rentreé é um livro estrangeiro que não pode por isso concorrer [ao Prémio Goncourt], chama-se Uma Viagem à Índia. É de Gonçalo Tavares, um romancista português.”
Uma Viagem à Índia está entre os oito nomeados para o Prémio Médicis Para Melhor Romance Estrangeiro em França, lista de qual faz também parteO Arquipélago da Insónia, de António Lobo Antunes, e Gonçalo M. Tavares participa, por estes dias, na feira de Livro de Estocolmo, onde apresenta a tradução sueca de O Bairro, na editora Tranan.