sábado, 20 de junho de 2020
domingo, 28 de abril de 2019
El Libro de la Danza - Argentina
"El libro de la danza es un libro que se mueve, nos remite a un ritmo, las bradi- y taquicardias en la voz del autor que hace una marca del terreno donde se mueve."
Texto de Pablo Queralt publicado no blog "Merece una reseña" a 29 de Dezembro 2018.
O Livro da Dança foi editado na argentina pela Zindo&Gafuri
sábado, 27 de abril de 2019
sexta-feira, 26 de abril de 2019
Argentina, Livro da dança
Un libro que se mueve, nos remite a un ritmo, las bradi y taquicardias en la voz del autor que hace una marca del terreno donde se mueve.
O Livro da Dança foi editado na argentina pela Zindo&Gafuri
Livro da Dança/ Libro de la Dança
Texto de Santiago Garcia Tirado publicado no site Blisstopic/ Livros.
Libro de la Danza editado pela Killer 71 / Barcelona.
quinta-feira, 25 de abril de 2019
A mulher sem cabeça e o homem de mau olhado
Texto de Conceição Caleiro publicado no Público - Ípslon a 1 de Agosto 2017
A Mulher-sem-cabeça e o Homem-de-mau-olhado, Bertrand Editora, 2017
Texto completo:
Em vários planos, a velocidade é o traço que subsume A Mulher-Sem-Cabeça e o Homem-do-Mau-Olhado, obra entre Canções Mexicanas e Uma menina está Perdida no seu Século à Procura do Pai, obra que inaugura uma nova série do autor — Mitologias. Transformação contínua de cena, progresso e repetição que faz diferir o que se repete (eterno retorno do mesmo mais além, já outro) e, ao mesmo tempo, repetições que soam a ladainhas e tornam quase musicais momentos do texto, na mesma frase ou precipitam-se em andamento seguinte, pautam o fluxo, garantem-lhe homogeneidade. Velocidade, tributo reunido na figura do comboio: velocidade tal que enlouquece quem nele entra. Velocidade do que acontece, se metamorfoseia e do estilo que sustenta o que se narra. Velocidade então que parece cegar quem escreve e quem lê. Os capítulos são relativamente curtos (meia, uma, duas ou três páginas). Também o leitor, se aceita o pacto, aderindo, como aquele que apanha o comboio numa estação e ao sair é já outro, enlouquecido. É engolido por este vórtice que tudo absorve e configura uma visão do mundo, da máquina sempre em ebulição do mundo. ACELERAÇÃO, MECANISMO e MÁQUINA — os alicerces subliminares desta narrativa.
O quadro em que tudo isto se passa é do domínio do maravilhoso, da irrealização. Maravilhoso, isto é, total inverosimilhança das figuras, da abolição do tempo, da particularização de qualquer espaço. De, ao contrario do fantástico, tudo se processar sem surpresa nem medo. Tudo parece devir uma espécie de alegoria extensível. Um modo de tornar suportável o insuportável, o grotesco até — a visão negra do mundo do autor que tal como Kafka chega a provocar muitas vezes o riso. O trágico arrasta consigo o grotesco, o absurdo desfaz a “seriedade” e o tempo cronológico: a “Mulher-Sem-Cabeça” foi vítima do marido, e de um machado que este tomou em mãos. Ele queria mais espaço na cama. Quando o cinema chegou, ela insistiu logo ficar na fila da frente. Este livro está cheio de pormenores e situações hilariantes. O absurdo levado ao extremo.
São forças, fluxos de energia que cumprem uma função, vectores muito além, ou ao lado, de qualquer atributo singular, psicologizante. Se alguma empatia se estabelece ela é pelo Homem-do-Mau-Olhado. O ethos do todo é, porém, deceptivo, disfuncional e repleto de comicidade. Precipita o leitor num mundo outro, coerente e coeso, mas outro, a-subjectivo, atemporal. Mítico, manipulam-se arquétipos. O presente aoristo, ilimitado, domina. E é essa dimensão fora do tempo e do sujeito, um agenciamento maquinal que engrena o homem, ele próprio possuído pelo devir máquina, mecanismo autónomo com vida própria.
GMT arrebata e conjuga proveniências. Da lengalenga infantil, passando talvez por Alice, estórias quase macabras para crianças (aqui, por exemplo, o lobo que ameaça a criança perdida no Labirinto, uma Floresta de Máquinas cujo funcionamento sustenta o funcionamento do mundo e cujo desarranjo de uma peça paralisa o curso Mecânico do todo) à mitologia clássica, nomeadamente a Medusa, e dados da antropologia (costumes de uma tribo índia norte-amerinana, O-Kee-Pa): o Homem-do-Mau-Olhado cega, depois de sujeito a um ritual cruel de iniciação acabará por cegar e faz o movimento mas não vê a mulher, aquela que lhe estava desde a nascença prometida. O escritor convoca dados científicos que sustentam cenários, o rigor da ciência suporta a imaginação prodigiosa, choque paradoxal de campos: Izidore Geoffrey que fundou a teratologia ciência que estudava as monstruosidades e as anomalias: o Homem-Mais-Alto que lidera a Revolução é um gigante. Tem dois metros e trinta e cinco. Ele sabe que vai morrer cedo, ”é preciso acelerar”. A Revolução avança, o importante é não tremer, tremer é revelar-se culpado. O fim é hilariante, uma reviravolta moral: os três filhos do Homem-do-Mau-Olhado, cujos olhos lhe tinham sido arrancados, olham para os juízes: “os juízes, esses tremem, tremem muito, tremem demasiado”. Assim, o autor usa vários dados do foro científico para suportar delírios: os choques eléctricos e as lobotomias do Doutor Charcot, o primeiro neurologista, que literalmente neutralizam os rostos de muitos da cidade controlando a sua expressão já anestesiada, tornada mecanismo –“Os músculos reagem autonomamente”, como as máquinas e “aquele rosto é uma máquina cujo modo de funcionamento só Charcot conhece”.
Muitos dos ícones usados reenviam para múltiplas e sobreponíveis direcções, multiplicam a polissemia: é o caso de Berlim. Senhor de uma só o identidade antes de, por curiosidade entrar no comboio, comboio que havia já esmagado muita gente pela sua desmedida velocidade e que à saída se encontra louco, separado de si mesmo, partido por um muro, isto é, um hífen que une e desune, e desdobram as possíveis interpretações: BER-LIM.
Mas outros são os recursos a números, tabelas, séries e máquinas, personificação alegórica de animais — a Aranha, a Avestruz), feitos históricos transfigurados que engrenam a imaginação literária.
Na narrativa individuam-se traços que se reconhecem, que em separado, oriundos de tempos e geografias distintas, aqui se reúnem, se alinham e reiteram num fluir torrencial. Essa combinação entre dados científicos irrefutáveis e a criação literária, num mesmo fluxo, é uma das características de GMT. Por exemplo, aquando da Revolução Russa, a família Romanov foi executada. as crianças encontram-se agora neste território sem território que é o desta narrativa: Alexandre, Olga, Maria, Tatiana e Anastácia que terá escapado. Ber-lim gosta de crianças e ”cinco seguem-no de manhã para ver a casa das máquinas da história mundial.”À revelia entrou também um lobo. Lá dentro um calor imenso. Anastácia, a mais pequena) perde-se naquela Floresta de máquinas enquanto as outras jogam à macaca tendo traçado a giz no chão as linhas do jogo.
A Revolução, liderada pelo Homem-Mais-Alto, que haveria, por causa do gigantismo, de morrer cedo é insaciável . “Para escapar à Revolução, alguns homens decidem construir uma máquina que possa voar”: a Máquina-de-Voo. Imobilizada pelos passos impiedosos da Aranha, devorado o seu cérebro pela Avestruz, a Mulher-Ruiva olha o céu, vê uma faixa publicitária na cauda da Máquina-de-Voo.
Muitos nomes comuns devém nomes próprios e são estes os sujeitos motores da acção, os actantes de um devir máquina global. Peças de um mesmo mecanismo imparável. Cada uma se animiza, atravessa o tempo sem tempo do mito e reúne forças que se aglutinam graficamente entre traços. E há entidades animizadas e que valem por si: Labirinto, a Revolução, a Caminhada-Muito-Extensa e ... muito mais.
No fim, a tal reviravolta surpreendente que pode levar o leitor a reler a primeira página... o imprevisível na Mecânica da máquina.
Conceição Caleiro
sexta-feira, 19 de abril de 2019
A mulher sem cabeça e o homem de mau olhado
Texto publicado no Observador em 21/04/2017
A mulher sem cabeça e o homem de mau olhado, Bertrand editora, 2017
Na América, disse Jonathan
Sobre Na Améria, disse Jonathan:
«Um dos romances póstumos de Franz Kafka ficou conhecido como “América”, embora o título original fosse “O Desaparecido”. E talvez ambos os títulos justifiquem que a peregrinação americana de Gonçalo M. Tavares se assuma como um “projecto Kafka”, tarefa que consiste em ir fotografando o icónico escritor no meio das mais diversas e às vezes mais inóspitas paisagens americanas, como uma loja de conveniência ou um deserto. […]
Do Wyoming ao Dakota do Sul, Gonçalo M. Tavares parece manifestar um certo interesse pela “América profunda” ou esquecida, o que não impede que livro seja uma abstracção mitológica, não um inquérito etnográfico. A mitologia americana é-nos muito familiar, e o viajante descreve e fotografa lugares com um estatuto especial na nossa imaginação, desde logo na imaginação cinéfila, de Venice Beach a Cabo Canaveral, de Los Angeles a Las Vegas. A América confunde-se com as imagens da América, imagens como as estradas infindáveis, como os grandes vazios. E o livro quer-se mais geografia física do que humana, uma geografia imaterial que nasce da materialidade das coisas e das nossas ideias acerca das coisas.
Se o autor viaja acompanhado de um tal Jonathan, logo entendemos que Jonathan não é ninguém, é um amigo imaginário, uma personagem, ou uma espécie de ciborgue, um “tu” utilitário com quem o viajante possa ir mantendo um diálogo, uma interacção. Em última análise, “Na América, disse Jonathan”, mais do que uma ficção ou um diário, é uma “performance”, um jogo ilustrado e humorístico que produz imagens tão inusitadas e cheias de possibilidades como a cabeça de Kafka dentro de um capacete de astronauta.»
[Pedro Mexia, Expresso, E, 23/3/2019]
«Um dos romances póstumos de Franz Kafka ficou conhecido como “América”, embora o título original fosse “O Desaparecido”. E talvez ambos os títulos justifiquem que a peregrinação americana de Gonçalo M. Tavares se assuma como um “projecto Kafka”, tarefa que consiste em ir fotografando o icónico escritor no meio das mais diversas e às vezes mais inóspitas paisagens americanas, como uma loja de conveniência ou um deserto. […]
Do Wyoming ao Dakota do Sul, Gonçalo M. Tavares parece manifestar um certo interesse pela “América profunda” ou esquecida, o que não impede que livro seja uma abstracção mitológica, não um inquérito etnográfico. A mitologia americana é-nos muito familiar, e o viajante descreve e fotografa lugares com um estatuto especial na nossa imaginação, desde logo na imaginação cinéfila, de Venice Beach a Cabo Canaveral, de Los Angeles a Las Vegas. A América confunde-se com as imagens da América, imagens como as estradas infindáveis, como os grandes vazios. E o livro quer-se mais geografia física do que humana, uma geografia imaterial que nasce da materialidade das coisas e das nossas ideias acerca das coisas.
Se o autor viaja acompanhado de um tal Jonathan, logo entendemos que Jonathan não é ninguém, é um amigo imaginário, uma personagem, ou uma espécie de ciborgue, um “tu” utilitário com quem o viajante possa ir mantendo um diálogo, uma interacção. Em última análise, “Na América, disse Jonathan”, mais do que uma ficção ou um diário, é uma “performance”, um jogo ilustrado e humorístico que produz imagens tão inusitadas e cheias de possibilidades como a cabeça de Kafka dentro de um capacete de astronauta.»
[Pedro Mexia, Expresso, E, 23/3/2019]
sábado, 13 de janeiro de 2018
quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
O Torcicologologista excelência
Recensão de Jonatan Silva publicado no site A Escortilha sobre a edição de O Torcicologologista Excelência publicado no Brasil pela Dublinense.
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
"Os Velhos Também Querem Viver" - Festival Silêncio
O espectáculo "Os Velhos Também Querem Viver", a partir de um texto homónimo de Gonçalo M. Tavares, com direção musical de Pedro Lucas e a interpretação de Carlão, Zeca Medeiros, Selma Uamusse, Manuela Oliveira e Joana Alegre, será apresentado no Festival Silêncio, a decorrer em Lisboa entre 28 de Setembro e 1 de Outubro.
quarta-feira, 30 de agosto de 2017
O Livro do dia TSF- A mulher-sem-cabeça e o Homem-do-mau-olhado
O Livro do dia TSF- A Mulher-Sem-Cabeça e o Homem-do-Mau-Olhado.
O livro do dia é um programa de Carlos Vaz Marques emitido pela TSF.
"A Mulher-Sem-Cabeça e o Homem-do-Mau-Olhado" foi editado pela Porto Editora em 2017.
O livro do dia é um programa de Carlos Vaz Marques emitido pela TSF.
"A Mulher-Sem-Cabeça e o Homem-do-Mau-Olhado" foi editado pela Porto Editora em 2017.
segunda-feira, 28 de agosto de 2017
O Torcicologologista - Brasil
Recensão de André Sant'Anna publicado no Estadão sobre a edição de O Torcicologologista Excelência publicado no Brasil pela Dublinense.
terça-feira, 15 de agosto de 2017
O Torcicologologista - Brasil
O Pensamento e o Bater na Cabeça - texto de Sérgio Tavares publicado no blog A Nova Crítica sobre a edição de O Torcicologologista Excelência publicado no Brasil pela Dublinense.
domingo, 13 de agosto de 2017
A Mulher-Sem-Cabeça e o Homem-do-Mau-Olhado
Texto de Maria da Conceição Caleiro publicado no Público sobre o livro "A Mulher-Sem-Cabeça e o Homem-do-Mau-Olhado" editado pela Porto Editora
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
Una niña está perdida en el siglo XX
Texto de Iñaki Urdanibia publicado no site Kaosenlared sobre a edição de Uma Menina Está Perdida no Seu Século à Procura do Pai publicada em Espanha pela Seix Barral.
domingo, 18 de junho de 2017
domingo, 12 de março de 2017
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
Una niña está perdida en el siglo XIX
Texto de Joan Flores Constans publicado na Revista de Letras sobre a edição de Uma Menina Está Perdida no Seu Século à Procura do Pai publicada em Espanha pela Seix Barral.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
Matteo Perdeu o Emprego - França
Texto de Hedia publicado no blog Un Dernier Livre Avant la Fin du Monde
Matteo a perdu son emploi - Éditions Viviane Hamy
Traduit du portugais par Dominique Nédellec
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Uma Menina Está Perdida no Seu Século à Procura do Pai
Una ninã está perdida en el siglo XX - ed. Seix Barral, 2016. Traducción de Rosa Martinez Alfaro.
Crítica de Joan Flores Constans no blog: Je dis ce que j'en sens
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
Breves Notas Sobre Literatura Bloom
Texto crítico de Jordi Cervera sobre "Breus notes sobre literatura-Bloom" publicado em 2016 em catalão pelas Edicions del Periscopi
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
E o mar já não existe - peça baseada em Um homem Klaus Klump
E o mar já não existe pela Companhia Bagagem Ilimitada - peça baseada no livro Um homem Klaus Klump, editado no Brasil pela Companhia das Letras.
Texto e Direção: Pv Israel
Fotos do processo aqui.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Breves notas sobre Literatura Bloom
Breus notes sobre literatura-Bloom
Catalunha- Edicions del Periscopi
Conversa no programa da Ràdio Valira - Ningú és Perfecte de Noemí Rodriguez - Llibreria de Guardia - com Xavier Serrahima
minuto 11 do podcast.
20 Dezembro 2016
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
domingo, 5 de fevereiro de 2017
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
Kashine e o NÃO - Matteo perdeu o emprego
“Kashine e o NÃO” é um novo projecto de arte urbana do artista português Barato, criado em Abrantes com a colaboração de crianças da região durante o 180 Creative Camp 2016.
terça-feira, 31 de janeiro de 2017
Matteo perdeu o emprego - Itália
Gonçalo M. Tavares: correndo intorno a una rotonda
Entrevista - letteratura - rai
Matteo ha perso il lavoro, nottetempo, Itália.
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
Tese sobre Uma Viagem à Índia
Rumos épicos : a arquitetura intertextual de Uma viagem à Índia, de Gonçalo M. TavaresTese de
Orientador: Bittencourt, Rita Lenira de Freitas Gatteli, Vanessa Hack |
2016 - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Programa de Pós-Graduação em Letras.
sábado, 21 de janeiro de 2017
Breves notas sobre literatura-Bloom
Sobre Breves notas sobre literatura-Bloom de Gonçalo M. Tavares editado pelas Edicions del Periscopi, Catalunha, Espanha
Critica de Xavier Serrahima publicada no Suplement de Cultura d'El Punt Avui e no site do autor El racó de la paraula
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
Matteo perdeu o emprego - Itália
Recensão literária de Gianluigi Bodi no site Senzaudio sobre Matteo perdeu o emprego/ Matteo a perso il lavoro, edição de Nottetempo
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
Seléction Prix Femina - Prix Meilleur Livré ÉtrangerRoman
Matteo a perdu son emploi
Gonçalo M. Tavares.
Finaliste Prix Pt - Brasil - Melhor Livro em Língua PortuguesaSeléction Prix Femina - Prix Meilleur Livré Étranger
Traduit du portugais par Dominique Nédellec.
On s'attend toujours au meilleur, au seuil d'un livre de Gonçalo M. Tavares, et avec Matteo a perdu son emploi l'écrivain portugais effectivement se surpasse, prenant une nouvelle fois le lecteur au dépourvu. Car ce roman est un stupéfiant jeu de piste, auquel se livrent non seulement les personnages, mais aussi la philosophie, la logique et l'absurde.
(...) géniales intuitions de l'écrivain philosophe, qui aime raconter, suspendre et jouer avec le sens toujours réversible des mots. Ce livre est un petit manuel de pensée iconoclaste qui déjoue la continuité du récit et s'amuse à contourner la vraisemblance des fonctions, celles des objets ou des corps.
Gilles Heuré
Telérama
http://www.telerama.fr/livres/matteo-a-perdu-son-emploi, 147236.php
En vingt-cinq courts chapitres, une réflexion brillante sur raison et folie, ordre et désordre, par l’auteur d’«Un Voyage en Inde»
Le Temps
Rentrée littéraire : les 10 romans à ne pas manquer
En savoir plus sur http://www.lesechos.fr/week-end/culture/livres/ 0211225321680-rentree- litteraire-les-10-romans-a-ne- pas-manquer-2022995.php? 6XckAYiIQiwwgH8G.99 "Ludique et savant (...) Matteo a perdu son emploi garde tout son mystère. Et c' est tant mieux."Les Echos
"Un délire organisé, absurde et rationnel, l’enchaînement de vingt-six destins liés comme dans un jeu de dominos, la chute de l’un entraînant celle du suivant. Vingt-six personnages enchaînés par ordre alphabétique. Vingt-six aventures très courtes qui paraissent loufoques au premier regard mais qui en disent parfois davantage qu’un long essai sur l’ironie de l’existence et la vie moderne.
(...)
Il a un talent rare, celui de raconter des histoires invraisemblables avec une clarté, une simplicité, une justesse qui rendent ses textes immédiatement compréhensibles alors qu’ils pourraient désarçonner. "
Libération
About Matteo perdeu o emprego/Matteo lost his job
In several
countries, students sit in the classroom organized by their respective
names in alphabetical order. Names beginning with A sit on the first
row, those beginning with
Z sit on the last. And, in some historical moments, during the Second
World War, in certain ghettos, people transported to a death camp were
called in following the alphabetical order for their names.
Rescue or death could depend on this apparently minor detail: the first letter of a name.
“Matteo perdeu o emprego” is about the importance of the alphabetical order as well as of unemployment and its consequences.
In a series of
interrelated stories, stories on the absurd, irony and tragedy,
characters with Jewish names arise in alphabetical order, crossing each
others’ paths in an imaginary
city, only to reach the letter M of Matteo.
Matteo has been unemployed for a long time and despair has this effect – a man accepts anything[1].
Matteo replies to an ad and accepts a job offer to be the arms of a woman who does not have hers.
At first, the woman asks him to perform simple tasks – such as to
open a door or an umbrella etc. However, bit by bit, this armless Woman
will demand of Matteo the performance of more sexually perverse tasks…
Matteo is a fiction
placed between the absurd and the tragic. It deals with the relevance of
a name to a man, and the despair that may be reached by a man subject
to long term
unemployment.
It is an amusing and tragic book at the same time.
The book was one of the finalists in Brazil’s most prestigious
Portugal Telecom prize in 2014 and listed for France’s Prix Femina in
the Best Foreign romance category, 2016.
sobre Matteo
https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/a-tabela-periodica-1656838
http://expresso.sapo.pt/cultura/Livros/dois-novos-livros-de-goncalo-m-tavares=f621198
Após um ano de rara acalmia, Gonçalo M. Tavares voltou ao seu vertiginoso ritmo de publicação. Com poucas semanas de intervalo, chegaram às livrarias três novas obras (no total são já 29, desde 2001).
Primeiro surgiu "Uma Viagem à Índia" (Caminho), portentosa antiepopeia decalcada da estrutura de "Os Lusíadas", livro ambicioso (mais de 400 páginas de fragmentos, divididos por dez cantos) e muito arriscado (medir-se com Camões, o vate da pátria, não é para todos), de escrita fulgurante e belíssima, um verdadeiro triunfo literário que o confirma, se dúvidas houvesse, como o grande escritor português do século XXI.
Depois, como se aquele monumento não bastasse, eis que surgem, de rajada, mais dois opus: "Matteo Perdeu o Emprego" e "O Senhor Eliot e as Conferências".
Expresso, José Mário Silva
sobre Matteo
https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/a-tabela-periodica-1656838
http://expresso.sapo.pt/cultura/Livros/dois-novos-livros-de-goncalo-m-tavares=f621198
Após um ano de rara acalmia, Gonçalo M. Tavares voltou ao seu vertiginoso ritmo de publicação. Com poucas semanas de intervalo, chegaram às livrarias três novas obras (no total são já 29, desde 2001).
Primeiro surgiu "Uma Viagem à Índia" (Caminho), portentosa antiepopeia decalcada da estrutura de "Os Lusíadas", livro ambicioso (mais de 400 páginas de fragmentos, divididos por dez cantos) e muito arriscado (medir-se com Camões, o vate da pátria, não é para todos), de escrita fulgurante e belíssima, um verdadeiro triunfo literário que o confirma, se dúvidas houvesse, como o grande escritor português do século XXI.
Depois, como se aquele monumento não bastasse, eis que surgem, de rajada, mais dois opus: "Matteo Perdeu o Emprego" e "O Senhor Eliot e as Conferências".
Expresso, José Mário Silva
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Gonçalo M. Tavares capa do Babelia
Gonçalo M. Tavares capa do Babelia - suplemento cultural do El País
Depois de já ter sido destaque em alguns dos suplementos culturais mais importantes de todo o mundo, Gonçalo M. Tavares foi capa, no último sábado, do suplemento Babelia - o mais importante suplemento cultural de língua espanhola.
Com fotografias de Daniel Mordzinski, o conhecido fotógrafo que já fotografou Borges, Gabriel García Márquez, Roberto Bolaño e tantos outros mitos da literatura, o suplemento Babelia faz capa com uma fotografia de Gonçalo M. Tavares em Cartagena de las Índias com o título "O Fácil é Perigoso".
A entrevista é conduzida pela própria diretora do Babelia, Berna González Harbour, que escreve, na sua introdução, que não deve ser fácil "Tavares avançar com pulso firme e respiração contida, quando chovem os prémios e vozes, como as de José Saramago, que dizem de imediato que um dia receberá o Prémio Nobel." Mas Gonçalo M. Tavares, escreve Berna González Harbour, "conseguiu fechar os olhos, tapar os ouvidos e encerrar-se num bunker em que trabalha como numa casa do século XIX" sem internet e telemóvel."
Cada um dos seus livros é diferente, escreve González Harbour, "mas em todos eles as palavras parecem suspensas no tempo e no espaço com a sua própria lógica interior, a sua musicalidade, o seu ar de conto ou lenda, de quem sabe, a cada vez, manejar uma matéria volátil ou sólida."
Alberto Manguel, uma das mais importantes referências intelectuais, autor de Uma História da Leitura e do recente Uma História da Curiosidade, faz a crítica de Uma Menina está Perdida no seu Século (Seix Barral) - e escreve que "Gonçalo M. Tavares é um dos escritores mais ambiciosos deste século. E o seu último livro é uma epifania memorável!"
Manguel conclui a sua recensão sintetizando: “Uma Menina Está Perdida no seu Século permite várias leituras." "Podemos ler as aventuras (ou desventuras) de Hanna como o retrato poético de uma pessoa com trissomia 21. Ou lê-lo como um conto de fadas, com o seu itinerário enigmático, os seus prodígios e os seus terrores, a sua atmosfera de lúcido pesadelo, a sua rica ambiguidade, a sua memorável epifania."
Entretanto, poucos dias antes, Gonçalo M. Tavares já havia estado em destaque no jornal brasileiro Rascunho.
"Se existe a previsão para um futuro Nobel de Literatura lusófono, o português Gonçalo M. Tavares é o favorito”. É esta frase que abre um longo artigo, publicado no Brasil, no Jornal Rascunho, em que é apresentada a obra de Gonçalo M. Tavares.
No final do artigo escreve-se: "Gonçalo M. Tavares revelou durante seus quase 15 anos de carreira literária um talento que poucas vezes esse mundo presenciou”.
As obras de Gonçalo M. Tavares estão praticamente todas publicadas em Espanha, nomeadamente nas editoras Seix Barral eMondadori.
Ler a crítica e a entrevista no jornal brasileiro Rascunho:
Ler a crítica e a entrevista no Babelia - suplemento cultural do El País:
Editorial Caminho – 29 fevereiro 2016
domingo, 28 de fevereiro de 2016
Gonçalo M. Tavares em destaque no jornal brasileiro Rascunho
"Se existe a previsão para um futuro Nobel de Literatura lusófono, o português Gonçalo M. Tavares é o favorito”. É com esta frase que abre um longo artigo, publicado no Brasil, no Jornal Rascunho, em que é apresentada a obra de Gonçalo M. Tavares, “uma das [obras literárias], acrescenta o jornal, “mais profícuas dentre os escritores de língua portuguesa – e vai do romance à poesia épica.”
Depois de analisar o conjunto da obra do autor com destaque para Short Movies e Uma Menina Está Perdida no Seu Século à Procura do Pai o autor do artigo termina dizendo: “para o garoto que aos 18 anos precisou decidir entre seguir como jogador semiprofissional de futebol ou optar pela carreira de matemático, Gonçalo M. Tavares relevou durante seus quase 15 anos de carreira literária um talento que poucas vezes esse mundo presenciou”.
Ler a crítica e a entrevista de Gonçalo M. Tavares no jornal brasileiro Rascunho:
Editorial Caminho - Fevereiro 2016
segunda-feira, 23 de março de 2015
Aprender a Rezar na Era da Técnica - Argentina, Paraguai
22 DE MARZO DE 2015
| SORPRESAS TE DA LA VIDA (DE LECTOR):Aprender a rezar en la era de la técnica
Por Luis Alberto Boh
ABC - Paraguai
"(...)
Un texto que somete y arrincona sin escape posible. Tengo que remontarme a Bajo el volcán, de Lowry, para repetir lejanamente una sensación así de abrumadora.
Un texto que somete y arrincona sin escape posible. Tengo que remontarme a Bajo el volcán, de Lowry, para repetir lejanamente una sensación así de abrumadora. No tan parco como austero, sin concesiones ni complicidades de ningún tipo hacia nadie ni con nada, ni siquiera con eso que a veces llamamos confusamente «el placer de la lectura».
Por algo será que resultó ser suya aquella frase que, cuando la conocí por casualidad, guardé para mí y que me hizo rastrearlo hasta encontrar este libro despiadado e implacable que se llama Aprender a rezar en la era de la técnica.
La frase se refiere a lo que solemos suponer sobre la lectura: «Leer no es un pasatiempo. Es un espacio de humanidad y de reflexión que requiere un esfuerzo», dice este escritor al que –ahora que lo he leído– entiendo por qué admiraba Saramago.
No hay en la escritura seca y despojada de Gonçalo M. Tavaresde ningún remanso, ningún pliegue de «belleza literaria», ninguna estrategia para «atrapar al lector», ninguna sorpresa ni truco, ni el más mínimo esfuerzo para construir una «ficción». Al contrario, es un texto de renunciamientos deliberados, de un alejamiento terapéutico de todo recurso que no sea el de lo que yo llamaría una «escritura quirúrgica».
Diría inclusive que deja de ser un «relato» en el sentido que habitualmente damos a las obras de ficción. Se me ocurre que Tavares no buscó hacer un relato, o, en todo caso, que su relato es –y más notoriamente en la primera parte– un relato de razonamientos lógicos, ni siquiera de reflexiones. Razonamientos lógicos pétreos e inesperados, tan extraños como si pertenecieran a un universo totalmente ajeno al que nos es habitual.
Hacía mucho que no encontraba un texto así de poderoso y austero. "
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